Etapas de Tratamento do Lodo de ETE
Aplicações
A gestão do lodo gerado nos processos de tratamento de efluentes sanitários, ou sanitários industriais, representa um custo significativo para as empresas.
O lodo é uma mistura concentrada de água e sólidos. O seu teor de água, antes das etapas de tratamento, é em torno de 99%, enquanto que o seu teor de sólidos, constituídos por microrganismos, matéria orgânica e substâncias inorgânicas, é cerca de 1%.
O tratamento do lodo é fundamental para reduzir volume, estabilizar a matéria orgânica, inativar patógenos e possibilitar sua destinação ou aproveitamento de forma segura e menos onerosa.
Adensamento ou Espessamento
Objetivo: Reduzir o volume do lodo líquido descartado do processo, removendo parte da água, para otimizar os processos subsequentes.
No adensamento, o teor de água do lodo diminui aproximadamente de 99% para 97%, ou mais, dependendo do processo utilizado.
Processos mais utilizados: Adensador Gravitacional, Flotação por Ar Dissolvido (DAF), Adensador Mecanizado.
Estabilização
Objetivo: Estabilizar a matéria orgânica presente no lodo, reduzindo seu potencial de putrefação, geração de odores, atração de vetores e concentração de patógenos.
De forma geral, para o lodo ser considerado estabilizado, a relação entre sólidos voláteis (SV) e sólidos totais (ST) deve ser inferior a 0,65. Destaca-se o processo de estabilização em digestores anaeróbios, no qual é gerado biogás (rico em metano), que, devidamente tratado, pode ser utilizado para produzir energia elétrica e/ou térmica na própria ETE, ou ser injetado na rede de gás.
Processos mais utilizados: Digestão Anaeróbia (produz biogás), Digestão Aeróbia, Estabilização Química, Compostagem e Secagem.
Desaguamento ou Desidratação
Objetivo: Remover a maior parte da água restante no lodo, transformando-o em uma torta com menor volume e maior teor de sólidos.
No desaguamento, o teor de água do lodo adensado diminui para em torno de 80% (equipamentos mecânicos) a 60% (sistemas de secagem natural). Reduzindo, dessa forma, o volume do lodo em mais de 80%, tornando seu aspecto sólido ou pastoso, e facilitando a logística do material. Na maioria das ETEs, esta é a última etapa de tratamento antes da destinação final.
Processos mais utilizados:
Equipamentos Mecânicos: Prensa de Discos, Prensa Parafuso, Decanter Centrífugo, Filtros-Prensa, entre outros.
Sistemas de Secagem Natural: Leitos de Secagem, Wetlands Construídos.
Secagem
Objetivo: Reduzir ainda mais o teor de umidade do lodo desaguado, e inativar patógenos, tornando-o mais estável e adequado para armazenamento, transporte ou aproveitamento agrícola ou energético.
Esta etapa é utilizada quando se pretende obter teor de sólidos em torno de 90%, ou acima disso. Além de uma diminuição considerável no volume no lodo (cerca de 70% em relação ao lodo desaguado), ocorre também a inativação de patógenos, possibilitando seu uso na agricultura.
Processos mais utilizados: Secagem Solar e Secagem Térmica.
Higienização
Objetivo: Inativar organismos patogênicos do lodo, tornando-o apto para uso agrícola.
Esta etapa não é necessária quando o destino do lodo for aterros sanitários ou usinas de compostagem, pois a compostagem já é um processo que inativa os organismos patogênicos.
Processos mais utilizados: Secagem, Caleação (mistura de cal hidratada ou virgem ao lodo), Compostagem, Wetlands Construídos.
Destinação Final
Atualmente, no Brasil, a maior parte do lodo gerado nas ETEs ainda é destinada para aterros sanitários, enquanto que em muitos países desenvolvidos ele é aproveitado, após o tratamento adequado. Algumas alternativas de destinação final no Brasil, incluem:
Usinas de Compostagem: Normalmente aceitam o lodo apenas desaguado. O composto orgânico obtido no final do processo é utilizado na agricultura.
Aproveitamento Energético: Além do biogás gerado em digestores anaeróbios, o lodo com baixo teor de umidade (após secagem) pode ser utilizado para queima em fornos, ou produção de gás de síntese (H2 e CO) pelo processo de gaseificação e/ou pirólise.
Uso Agrícola ou em Solos (Biossólido): O lodo de esgoto é rico em matéria orgânica e nutrientes, principalmente nitrogênio, porém também apresenta concentração alta de organismos patogênicos. Após os devidos tratamentos de estabilização e higienização, e do atendimento aos requisitos da legislação vigente (Conama nº 498/2020 ou INs do MAPA), o lodo pode ser aplicado em solo ou destinado para a agricultura.








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